A realidade contemporânea é economicista
Entrevista para a Revista ADUSP
1998
Sinopse
Em entrevista para a ADUSP (Associação dos Docentes da USP) em 1998, Paulo Arantes avalia como catastrófica a possibilidade de Fernando Henrique Cardoso – a quem se refere como professor Cardoso –permanecer mais quatro anos na presidência da República. Porém, acredita na reeleição de FHC em consequência da desarticulação da esquerda e da eficiente implantação de um processo de chantagem social, que faz com que a população se sinta ameaçada com a possibilidade da volta da inflação. Para o filósofo Paulo Arantes, tem-se a impressão de que não existem mais diferenças entre esquerda e direita porque a economia se transformou em algo autônomo em relação à sociedade. Ele critica também o Partido dos Trabalhadores e afirma que a legenda está interessada apenas em ganhar eleições e eleger deputados. No âmbito da universidade, Paulo Arantes critica os grupos que se apoderam da chancela ‘USP’ para vender serviços e cursos. “Aqui é uma universidade de país pobre, indiano, a gente tem de dar cursos de graduação e pós. Não temos uma missão de interferência na política de formar grandes diplomatas”, afirma Paulo Arantes.
Entrevista para Marcos Cripa e Adilson Citelli na Revista Adusp, abril de 1998.
Palavras-chave: FHC, PT, USP, esquerda, direita, intelectuais, universidades, pensamento único, Estado mínimo, globalização, razão cínica, marxismo.
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